Fluido Refrigerante – Parte III (Fluido – R32)

Fluido Refrigerante – Parte III (Fluido – R32)

A indústria da refrigeração e ar condicionado teve um enorme progresso ao longo das últimas duas décadas na redução da utilização de refrigerantes com potencial de deterioração do ozônio. Os objetivos iniciais do Protocolo de Montreal, estabelecido em 1987, para a redução de emissões de substâncias que deterioram a camada de ozônio estão sendo cumpridos e superados. Uma outra consequência destas iniciativas está no fato de que nos anos 90 e início do século atual, existia uma incerteza considerável com relação às futuras opções de refrigerantes. Agora, um novo caminho começou a surgir, definido pela agenda global sobre as alterações climáticas e o aquecimento global.

O que é o fluido R-32?

O R-32 é um hidrofluorcarboneto, ou seja, um fluido do tipo HFC. Tecnicamente o fluido tem um nome diferente, HFC-32. Se trata de um fluído refrigerante que opera de maneira equilibrada para não agredir o meio ambiente no processo, ou seja, no que tange um produto de bom custo/benefício, focado em climatizar os ambientes com segurança, seja para condicionadores ou mesmo para um sopro de ar quente nos dias frios, este tem sido um dos produtos mais considerados pelas grandes empresas ao redor do mundo.

 O R-32 substitui qual fluido?

No geral, a expectativa é de que ele substitua especialmente o fluido R410A, que é o produto mais ecológico até então. Ainda assim, o mercado e o consumidor têm boas alternativas para manterem seus ar condicionados em funcionamento sem que, com isso, perca-se em eficiência ou consumo energético.

Quais são as diferenças com o fluido R410A?

  • O R410A ainda é o fluido refrigerante mais popular e usado no mercado;
  • O fluido R-32, diferentemente do R410A, é 100% puro, com facilidades amplas de reciclagem e reutilização;
  • O próprio fluido R410A é composto pela mistura de dois gases: o R32 e também o R125;
  • A eficiência energética do fluido R-32 é maior do que a verificada no fluido R410A (utiliza menos volume refrigerante por kW)
  • A tubulação frigorífica de aparelhos com o fluido R-32 pode ser menor, já que sua capacidade volumétrica é melhor do que a encontrada no fluido R410;
  • O fluido R-32 fornece um baixo potencial de aquecimento global (G.W.P.) e nenhum potencial de deterioração da camada de ozônio (O.D.P.);
  • O R-32 é ligeiramente inflamável;

Risco de Incêndio?

Uma única preocupação que o R-32 levanta é que, em comparação com o R-410A, por exemplo, ele tem um índice de inflamabilidade um pouco maior. Na escala da ASHRAE (Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado), ele está um nível acima do R-410A, que consta na escala como “não inflamável”, enquanto o R-32 consta como “levemente inflamável”.

Porém, não é algo que seja de grande preocupação também, uma vez que seria necessário um grande vazamento em um ambiente muito amplo, e bem mais do que um fósforo ou um isqueiro para fazer o fluido incendiar.

A única alternativa oferecida até hoje ao R-32, foi o R-290, que apesar de similar e até um tanto mais eficiente em alguns aspectos, tem alto nível de inflamabilidade.

Fontes:

  • https://blog.centralar.com.br/entenda-quais-sao-os-beneficios-em-utilizar-o-gas-r-32/
  • https://www.daikin.com.br/blog/index.php/2019/08/14/fluido-refrigerante-conheca-o-gas-r32/
  • https://www.danfoss.com/pt-br/about-danfoss/our-businesses/cooling/refrigerants-and-energy-efficiency/refrigerants-for-lowering-the-gwp/r32/
  • https://www.webarcondicionado.com.br/gas-refrigerante-r-32-ar-condicionado-e-aquecimento-global
  • https://blog.centralar.com.br/entenda-quais-sao-os-beneficios-em-utilizar-o-gas-r-32/

 

Fluido Refrigerante – Parte II (Fluido Ecológico – R410 A)

Fluido Refrigerante – Parte II (Fluido Ecológico – R410 A)

O que é o Fluido Ecológico?

O fluido ecológico se classifica como todo aquele que não emite CFCs (clorofluorcarbonos), que são substâncias à base de cloro muito prejudiciais à saúde das pessoas e ao meio ambiente também.

Entenda a Camada de Ozônio

Os CFCs causam danos à camada de ozônio na estratosfera (entre 25 e 30 km acima da superfície), responsável por proteger a Terra contra a radiação solar, porque as moléculas da sua composição se ligam com substâncias da camada de ozônio, transformando os elementos nela em produtos mais leves. Por causa disso, as novas substâncias que são formadas a partir dessa mistura se desprendem da camada de ozônio e a deixam mais fina, ou seja, “buraco na Camada de Ozônio”. Sem a camada de ozônio, os raios ultravioletas B (UVB) poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta. A capacidade de fotossíntese das plantas seria reduzida e os casos de câncer de pele, catarata e alergia nas pessoas aumentariam muito.

Tentativas de diminuir os malefícios

Em 1987, 47 países assinaram o Protocolo de Montreal, um documento com o objetivo de reduzir a emissão de substâncias nocivas à camada de ozônio que passou a vigorar dois anos depois. Com isso, vários países pararam de fabricar o gás clorofluorcarbono (CFC) e já chegou a ter a uma queda de aproximadamente 80% no consumo mundial dessa substância.

Fluido ecológico R410 A

O fluido R410A é chamado de ecológico porque não possui CFCs (clorofluorcarbonos). O R410A é formado por HFC (hidrofluorcarboneto) e seu GWP é de 2088 e, portanto, é considerado que ele não agride a camada de ozônio e possui baixíssima contribuição no aquecimento global.

Além disso, ele foi desenvolvido para substituir o R-22 (HCFC R-22) que até então era utilizado em todos os aparelhos de ar-condicionado. O gás R410 A é hoje utilizado nos aparelhos com tecnologia inverter e modelo split, não é tóxico e nem inflamável.

Fontes: